Mariazinha, a Padeira

O cheirinho a pão quente e a bolos convivem com um mural em homenagem a uma mulher do povo que se tornou empresária.

Padaria Mariazinha Funchal Miguel Nóbrega

Nasceu Maria José de Sousa, a 17 de setembro de 1936, mas foi como ‘Mariazinha, a Padeira’ que se tornou famosa. Começou a trabalhar ainda menina, num tempo em que o lugar das mulheres era em casa.

Todos os dias rumava à padaria à beira da falência, de que o pai era sócio, na rua de Santa Maria. Mariazinha acreditou no potencial do negócio e convenceu o sócio do pai a vender a sua parte. Com a ajuda de um fiador tornou-se empresária, aos 16 anos.

O pão começa a ganhar fama. A partir zona velha da cidade, Mariazinha percorre o Funchal de saca às costas, a vender o pão de porta a porta. Com o falecimento do pai toma, sozinha, as rédeas do negócio. A produção aumenta e a padeira lança uma inovação: pão quente a sair do forno todo o dia. Anos mais tarde compra e expande o negócio, passa a deter três padarias e uma residencial.

Agraciada com o título de comendadora pelo Presidente da República, foi agora homenageada pela filha, Selene Soares na mais recente padaria que fundou, a Mariazinha do Transval. Durante uma remodelação foi decidido prestar homenagem à matriarca da família. A imagem do mural não foi escolhida ao acaso, faz parte da condecoração como comendadora.

A Padaria Mariazinha do Transval aporta agora um mural num espaço conhecido pelo tradicional pão quente e pelos bolos que são a marca de referência da Mariazinha a padeira.