A ilha tem vulcanismo ativo e é a mais montanhosa de todas as Canárias
La Palma é uma ilha montanhosa. A maior elevação, o Roque de Los Muchachos mede 2.426 metros. Os declives são, de um modo geral, acentuados. E por isso a ilha tem mais chuvas, porque as montanhas servem de barreira às nuvens, e tem uma mancha verde com apontamentos de Laurissilva e não só.
Palma é mais verde do que as restantes Canárias e tem um clima mais temperado, mais oceânico. Mas é também uma ilha vulcânica, como de resto todo o arquipélago. Só que aqui o vulcanismo está ativo.
O Complexo Vulcânico chamado de Cumbre Vieja cuspiu lava em 2021. A erupção foi chamada de vulcão Tajogaite e esteve ativa por 85 dias, destruindo uma parte da ilha e aumentando a superfície de La Palma em 48 hectares.
Antes, outra erupção, de 1971, é responsável por parte da paisagem lunar da ilha, onde teimam em crescer plantas e vinhas, que também tornam La Palma famosa. Antes disso houve outras erupções, sendo uma das mais históricas, o vulcão de San António, cuja erupção ocorreu em 1677, na localidade de Fuencaliente, hoje terra das vinhas Malvasia da ilha de Palma.
Percorrer os vulcões ou os efeitos das erupções vulcânicas é uma opção nesta escala do MSC Opera. Tem de ser um percurso pequeno, porque a escala é mais curta. No passeio, paredes-meias com as escoadas de lava, estão campos de bananeiras, ou plátanos, como aqui são chamadas as bananas.
As vinhas preenchem também uma parte importante da paisagem de La Palma. A ilha é uma região denominada de vinhos e produz mil toneladas de uvas por ano, distribuídos por 200 hectares e 21 casas produtoras.
A Malvasia Aromática é a casta mais famosa, mas também das mais raras. Permite fazer vinhos tranquilos, secos, ou colheitas tardias doces, que devido ao clima, ganham doçura e grau alcoólico naturalmente. Mas La Palma é também a terra da casta Listán Blanco ou da Tinta Negra.
Mais perto do porto, onde atraca o MSC Opera, a cidade de Santa Cruz de La Palma é uma mistura de edifícios históricos bem preservados e de construções mais recentes. Com cerca de 16 mil habitantes, não é a localidade mais populosa da ilha, mas é a capital. E tem ruas agradáveis de percorrer, que justificam um passeio.
A bordo do MSC Opera neste cruzeiro Madeira / Canárias, esta é a última escala. Mas a sequência de portos varia com a semana, na temporada 2024/2025. Neste caso é o último porto antes do Funchal. Há sempre passageiros que optam por não desembarcar e esperam aproveitar o navio com menos pessoas.
A comida é um dos factores que mais influencia a escolha de um cruzeiro, a par do itinerário e do navio. No caso do MSC Opera o facto de ser possível embarcar e desembarcar no Funchal pesa na escolha. Quanto à comida é, provavelmente, a operação mais complexa deste e de qualquer navio de cruzeiro. No MSC Opera são preparadas diariamente 15 mil refeições, para os cerca de 2.600 passageiros. O número de tripulantes afetos às operações de comidas e bebidas é elevado, embora a MSC Cruzeiros não revele os números.
Todos os passageiros têm toda a comida a bordo incluída. Pode haver, em algumas noites, a venda de algum prato extra, mas é sempre opcional. No MSC Opera não há restaurantes temáticos. Por isso todos os passageiros têm exatamente as mesmas opções.
A mais abrangente é o Le Vele buffet. Está aberto 20 horas por dias. Começa por servir o pequeno-almoço e depois almoço e snacks até às 2:00 horas da madrugada. A comida é variada e procura dar resposta ao cada vez maior número de nacionalidades a bordo. Por isso os pretos são menos mediterrânicos e mais internacionais. O buffet muda todos os dias e está disponível para o almoço e para o jantar. Além disso existe uma estação permanente de hambúrgueres e outra de massa e pizzas.
O jantar é servido em dois turnos. O primeiro às 18:30 horas e o segundo às 21:00 horas. Estão abertos os outros dois restaurantes do navio, o L’Approdo e o La Caravella. O lugar e o número da mesa onde cada passageiro janta estão indicados no cartão do cruzeiro, assim como o turno do jantar.
O jantar é à la carte, com uma escolha entre uma entrada, um prato principal e uma sobremesa. Mas para quem tem mais apetite, pode escolher mais pratos e estes serão servidos. Claro que o jantar também pode ser apreciado no buffet.
Ao pequeno-almoço e ao almoço o restaurante La Caravella também está aberto. Qualquer passageiro pode usufruir desta facilidade, para escolher da carta, ou para escolher do buffet montado todos os dias.
As bebidas são também um factor importante. A companhia encoraja reservas com um pacote de bebidas incluído. Essa opção transforma o cruzeiro num tudo incluído e facilita a vida a bordo, acabando por ser mais económico. Os pacotes não são todos iguais. Há os que dão acesso a bebidas mais premium e outros pacotes mais regulares. Mas no momento do pedido, perante a apresentação do cartão, o tripulante consegue informar sobre o que pode ou não estar incluído.
O cartão e o pacote de bebidas dão acesso aos restaurantes e a todos os bares do navio. São várias as escolhas, desde o convés 11, junto à piscina, aos conveses 5 e 6, onde existem bares e lounges com animação musical. É tudo uma questão de gosto, e de apreciar a viagem.