O regresso do Golden Gate

Um dos mais icónicos espaços do Funchal reabriu ao público, continuando a funcionar como café e restaurante, agora de inspiração italiana.

 



Um dos romancistas portugueses mais traduzidos em todo o Mundo, Ferreira de Castro, escreveu, em 1933, uma expressão que ficaria célebre: Esquina do Mundo! Faz parte romance ‘Eternidade’, passado na Madeira e referia-se ao Golden Gate, um grand café, restaurante e histórico local de encontro da sociedade Funchalense e dos visitantes de todo o Mundo.

Por estar situado numa esquina onde convergem duas das principais avenidas tem vista para o ambiente cosmopolita da cidade. Certamente terá inspirado Ferreira de Castro, que pôde apreciar o caráter único deste espaço, quando durante o inverno de 1932/33 aqui escrevia o seu romance.

Quando a ‘esquina do Mundo’ passa a ser uma expressão utilizada, já o Golden Gate estava aberto desde 1841. É mais do que um lugar de comércio. É uma parte do património da cidade. O icónico café foi testemunha da transformação do Funchal e da passagem de personagens históricas pela ilha, a caminho dos mais remotos destinos.

Ao longo de quase dois séculos sofreu mudanças e teve várias configurações. Mas a esplanada de cadeiras de vimes e a varanda do primeiro andar têm atravessado gerações.

Depois de três anos encerrado o Golden Gate Grand Café reabriu ao público, com um novo proprietário e um espaço renovado. Mantém o estilo clássico e oferece, além do café, um restaurante de inspiração italiana.