Conselho da Europa distingue ilhas Desertas

O Diploma Europeu para as Áreas Protegidas reforça a importância turística daquelas ilhas.

O Conselho da Europa atribuiu às ilhas Desertas o Diploma Europeu para as Áreas Protegidas, como forma de reconhecimento pelo trabalho desenvolvido na reserva natural, desde a sua criação, há 26 anos.

Esta atribuição é o resultado de uma candidatura apresentada em 2011 e é vista como fundamental para reforçar a importância turística destas ilhas.

Situadas ao largo do Funchal, a uma distância de 22 milhas náuticas, as ilhas Desertas registam cerca de 3 mil visitantes por ano. São uma reserva natural, com várias distinções internacionais, onde existe uma importante colónia de Lobos-marinhos, a foca mais rara do mundo, além de várias espécies endémicas de plantas e não só.

São um importante centro de nidificação de aves marinhas protegidas da Macaronésia e de todo o Atlântico Norte, com destaque para a endémica ave marinha Freira-do-Bugio. Suportam igualmente a maior colónia de Alma-negra do Atlântico, e ainda espécies como a Tarântula-das-ilhas-Desertas.

São um grupo de três ilhas de origem vulcânica, tendo a maior o nome de Deserta Grande. As restantes são o Bugio e o Ilhéu Chão.

O acesso é permitido e as visitas asseguradas por diversas embarcações marítimo-turísticas que realizam viagens de lazer que duram normalmente um dia. Uma das possibilidades é dormir na ilha, numa zona de campismo criada especificamente para o efeito. Algumas das empresas proporcionam pacotes que incluem uma noite na ilha.

As ilhas são habitadas em permanência por vigilantes da Natureza, que realizam comissões de serviço de duas semanas e são muitas vezes por cientistas. As Desertas são geridas pelo Parque Natural da Madeira.