Uma cerveja com ouro

A Golden Queen Bee é uma cerveja criada na Bélgica por dois madeirenses, com um toque de mel e ouro. 

 

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Num país com mais de 1.500 tipos de cerveja, a última coisa que um empreendedor se lembraria de inventar era mais uma marca. Mas Silvio Lemâitre de Freitas e Gustavo Coelho decidiram não seguir essa lógica. Os dois jovens nascidos na Madeira, decidiram seguir para a Bélgica e disputar um lugar no competitivo mundo do fabrico de cerveja.

Os primeiros passos foram dados em 2011. Depois de anos de experiência em contato com o mundo da gastronomia e analisando o mercado, estes investidores perceberam que havia espaço no segmento premium para a criação de uma cerveja, com toque de mel, forte, com um corpo suave e final elegante. Mas a diferença é que esta é uma cerveja feita com ouro.

O outro dá um toque visual e exclusivo, que não altera o sabor, visto tratar-se de ouro alimentar, ou seja, tratado especificamente para poder ser consumido. Os 24 quilates são o grau máximo de pureza do ouro alimentar. A escolha pelo mel é porque confere “um sabor característico à cerveja, tornando-a mais ligeira, como um champanhe”.

A criação da Golden Queen Bee procurou ir ao encontro das pessoas que gostam de cerveja, mas que se viam limitadas a festejar com champanhe. A cerveja é especialmente destinada ao mercado de luxo e é descrita pelos seus criadores como “a primeira cerveja de luxo do Mundo”. É para ser bebida como se de champanhe se tratasse e está associada a momentos de comemoração.

E a comparação com o champanhe não é fruto do acaso. As garrafas têm 75 cl e uma rolha que salta. O teor alcoólico é de 8,8 graus. Deve ser consumida no copo indicado ou numa flute.

A cerveja, apesar de ser uma criação recente, conta com os 150 anos de experiência da casa La Binchoise, onde é engarrafada. O processo envolve 10 etapas e, uma vez que utiliza uma garrafa como a do champanhe, levou à necessidade de construir uma linha de engarrafamento específica, que os responsáveis dizem ser única em todo o mundo cervejeiro. Mas os seus criadores fazem questão de identificar a Golden Queen Bee como uma cerveja do século XXI.

A produção é limitada a cerca de 150 mil garrafas, todas numeradas. Mas é possível expandir a produção nos próximos anos, já que existe procura. O preço varia conforme os mercados, mas situa-se entre os 45 e os 70 euros por garrafa.

O objetivo de Sílvio Lemâitre de Freitas e de Gustavo Coelho é marcar presença em tantos mercados quanto possível. A única condição é ser uma produção sempre limitada, “nunca sacrificando a excelência do produto em virtude de mais volume”.

Os contatos para a entrada no mercado português e na Madeira em particular estão avançados e antes do fim do ano, será possível beber a Golden Queen Bee na Madeira.

Para já a cerveja está presente na Bélgica, Holanda, Luxemburgo, Reino Unido, Austrália, Vietname, Rússia, Japão e Brasil. Estados Unidos, China e Macau são também mercados naturais de expansão.

A empresa fundada por estes dois jovens madeirenses chama-se Aurum Drinks International e não se resume à Golden Queen Bee. Foi criada para se dedicar ao segmento de bebidas premium e tem outros produtos, como a cerveja Bebop Bohemian Beer. É uma cerveja artesanal de qualidade superior, vendida em garrafas de 33 cl. Tem um aroma fresco, picante, com uma forte presença cítrica. Toques frutados, de laranja, maçã, pêra, raspas de limão e notas de coentro. Um final seco, levemente ácido, o que faz dela uma cerveja ideal para o verão.

Estes dois criadores estão também envolvidos na criação de bebidas destiladas: “O nosso sonho inicial era ter a melhor cerveja do mundo, agora pretendemos também ter a melhor vodka do mundo, o melhor gin do mundo…”