Com mais de 600 vinhos na carta escolher torna-se uma tarefa complicada à mesa do restaurante Chalet Vicente.
Na movimentada Estrada Monumental, o Chalet Vicente juntou a gastronomia rústica à vida urbana num só lugar. Trata-se de uma cozinha com tradição, “do tempo da nossa avó”, servida num estilo familiar, revela Guadalupe Brito, uma das responsáveis pelo espaço. Tal como na maioria das nossas casas, a comida é servida em travessas e depois cabe a cada qual se servir.
O destaque vai para a gastronomia portuguesa onde evidenciam-se os pratos feitos na brasa, como a costeleta de borrego, a carne e o peixe grelhados ou o bife de pimenta. Na gastronomia regional a espetada e o filete de espada com banana, ou maracujá, são alguns dos pratos mais procurados numa cozinha tradicional de estilo informal.
Para acompanhar todas estas iguarias o Chalet Vicente dispõe de uma das maiores cartas de vinho na região. Sejam durienses ou transmontanos, das terras do Dão ou da península de Setúbal, no Chalet Vicente pode encontrar um pouco de toda a oferta existente em Portugal.
Há ainda os vinhos da região de Lisboa, do Alentejo, do Algarve, dos Açores e, como não poderia deixar de ser, da Madeira, distribuídos pelos tintos, brancos, rosés, verdes e generosos. No total, são seiscentas e vinte referências disponíveis, numa carta totalmente portuguesa.
Nélio Ferreira, um dos sócios do restaurante, explica que esta diversidade surge da necessidade de oferecer ao cliente “uma opção variada”, permitindo que fique a conhecer o que de bom “se faz em Portugal” e em especial na Madeira.
No Chalet Vicente, na hora de escolher, a harmonia entre os pratos e os vinhos não pode faltar. Para Nélio Ferreira as velhas normas, pelas quais se regem a habitual escolha para a simbiose perfeita entre o vinho e a iguaria, já lá vão. O necessário é ter vinho certo: Podemos escolher “um vinho branco para uma carne branca, com menos gordura, e até com o peixe podemos ter um tinto não tão carregado, como o do Dão”, exemplifica.
Esta panóplia de referências é uma escolha arrojada. É necessária uma gestão minuciosa do stock e das sugestões dadas aos clientes. “Eu gosto de evitar a referência, ou a recomendação, numa determinada marca” e numa só noite “ não vendo sempre o mesmo vinho”, afirma.
Para além das garrafas, na carta estão também vinhos a copo. Entre dois a três meses, a carta reinventa-se e procura acompanhar as tendências.
Sendo já a tarefa de escolher uma refeição complicada, o melhor no Chalet Vicente é deixar a escolha do vinho para quem sabe, fazendo a seguinte pergunta: “Qual o vinho que sugere?”.