Em entrevista com Lauren McCrostie

A atriz principal de "Second Skin" esteve na Madeira e contou à Essential como foi trabalhar com o realizador Charlie Manton.

Entre os dias 7 e 10 de dezembro desenrolou-se na Ponta de Sol o Madeira Micro International Film Festival (MMiFF). Um festival de cinema que traz ao centenário Cine Sol filmes independentes reunindo profissionais e amantes do cinema para um programa variado.

Este ano o festival contou com a presença de Lauren MCcrostie para a aprensentação da curta-metragem "Second Skin" e para uma sessã de questões abertas ao público.

A atriz, já considerada como uma das estrelas mais promissoras da sétima arte, protagoniza a curta-metragem do realizador Charlie Manton, já entrevistado pela Essential, e participou recentemente como uma das personagens principais no filme “A Casa da Senhora Peregrine para Crianças Peculiares”, de Tim Burtton. 

O filme “Second Skin” conta a história de uma rapariga que opta por fugir de casa e viver dentro de uma caixa de cartão, a sua segunda pele. Percorreu 30 festivais, incluindo o “Festival Internacional de Cinema de Toronto” (tiff) e valeu a Lauren MCcrostie o prémio de Melhor Atriz no “All Shorts Irvington Film Festival”.

A Essential Madeira não quis perder a oportunidade de saber como foi o processo de fazer parte de “Second Skin” e lançou algumas questões à jovem atriz.

O que achaste do MMiFF?

O MMiFF é ótimo! Tem uma atmosfera muito descontraída e o local é muito sereno e calmo.

“Second Skin” esteve em 30 festivais diferentes. Qual é o sentimento partilhado pelo elenco e equipa?

Nós gostámos muito de trabalhar juntos no filme, toda a gente está feliz e agradecida pelo reconhecimento e apreciação pelos festivais. É muito bom receber uma reação positiva quando é lançado um projeto a público, principalmente com peças tão únicas como o “Second Skin”.

Qual foi o maior desafio a filmar “Second Skin”?

Ter a certeza que a personagem Lucy era “vista” e identificada apesar de passar 85% do filme na caixa de cartão.

Qual consideras o momento alto da tua participação na curta-metragem, ou momento preferido?

Quando a Lucy abraça o “Rapaz Natureza” (Luis Partridge) pela primeira vez. Penso que mostra uma personalidade mais branda e o “baixar da guarda”.

O filme fala de uma rapariga que se esconde numa caixa de cartão. Como é que te relacionas com o conceito?

Não acho que me posso relacionar com o fato de a Lucy estar escondida numa caixa de cartão. Mas fico nostálgica ao lembrar-me de brincar às escondidas quando era mais nova!

Charlie diz inspirar-se na visão de Tim Burton, com quem trabalhaste recentemente. Como foi trabalhar com Charlie Manton em “Second Skin”?

Foi muito divertido trabalhar com o Charlie. Ele tem uma visão muito específica, muito como o Tim Burton que, tem muito interesse em “seguir”. Dito isto, ele deixa toda a gente confortável, o suficiente para dar as suas próprias ideias, gosto sempre de trabalhar em ambientes criativos.

Se tivesses de convencer alguém a ver a curta-metragem, o que dirias?

Porquê é que ela está numa caixa? De quê é que ela se esconde? De quem é que ela se esconde?

É tua primeira vez na Madeira? Gostarias de fazer parte de um filme filmado aqui?

Sim, é a minha primeira vez e é encantador. Adorava trabalhar num projeto cá.