A Estalagem Quinta da Casa Branca acrescentou cinco suites e uma villa à oferta de alojamento, permitindo a experiência de viver como uma grande família madeirense.
O rótulo da garrafa sobre a mesa, à chegada, conta um pouco da história da propriedade. É vinho Madeira da marca Leacock, uma das mais antigas desta produção que tem o nome da ilha. A escolha não é por acaso. É, aliás, simbólica, pois a Estalagem Quinta da Casa Branca é a versão contemporânea da propriedade da família que no século XVIII se iniciou no comércio de vinho, criando um dos mais bem-sucedidos grupos empresariais da Madeira.
Hoje não há vestígios desse tempo, a não ser o lugar, onde a família começou no século XIX uma exploração agrícola e pecuária. E o que tem sido feito com o lugar tornou-o numa das mais desafiadoras ofertas hoteleiras da Madeira. O primeiro passo foi um pequeno hotel, de 40 quartos, com linhas minimalistas, desenhado pelo arquiteto João Favila Menezes, aberto um 1998 e ampliado com três suites e um novo edifício em 2002. Nascia o primeiro hotel design da ilha. Desde 2003 a unidade é membro da Small Luxury Hotels of the World. Todos estes 43 quartos e suites foram recentemente remodelados.
A propriedade, uma antiga quinta madeirense, chegou a ter 70 mil metros quadrados. Hoje em dia tem 28 mil. Aos discretos edifícios contemporâneos a oferta de alojamento foi reforçada com uma casa senhorial com 5 suites e uma outra, da década de 1850, denominada por Pool Villa.
Transformar a parte antes ocupada pela família numa nova ala do hotel foi um reencontro com o passado. «A casa mantém-se praticamente como a família habitava”, explica o diretor-geral Alberto Reynolds. Uma das suites dá para uma varanda com vista sobre uma parte do jardim e uma plantação de bananeiras. Aqui que viveu, até 2012, William Leacock, o último membro da família a ocupar esta casa.
Prolifera o mobiliário dos séculos XVII e XVIII e quase nada foi retirado, com exceção de algumas peças entregues à guarda do Museu de Arte Sacra da Madeira. Mas as suites foram profundamente renovadas e adaptadas ao alojamento hoteleiro, mantendo o estilo clássico na decoração.
A casa é de 1946, da autoria do arquiteto português Castro Freire. Foi inspirada nas casas de campo inglesas. Paredes grossas de pedra de basalto e divisões espaçosas. O acesso à casa- mãe é restrito, exceto para os clientes das suites e da sala de jantar.
Na Pool Villa a adaptação modernizou alguns espaços, mas a casa permanece com o estilo em que foi construída. Ampla, cheia de portas envidraçadas, é o local ideal para apreciar o sol e aluz tão típicos da Madeira.
O conforto, a qualidade da iluminação, o bom gosto da decoração, o compromisso entre o clássico e o contemporâneo funcional podem muito bem descrever estas novas suites e villa.
Esta nova área do hotel representa um posicionamento no segmento premium. Os detalhes do serviço são reforçados e há fruta fresca, café, águas, vinho Madeira, terraços privados e, acima de tudo, a experiência de estar num hotel e ainda assim ter a sensação de habitar uma casa de família. É um mergulho num passado madeirense, no modo de vida das grandes famílias dos séculos XIX e XX, que mantiveram quintas com casas senhoriais, propriedades agrícolas e jardins.
O jardim é um dos orgulhos dos proprietários. O turismo botânico é uma aposta do hotel. As espécies estão identificadas com placas com o nome científico, nome comum e origem. Um mapa ajuda a descobrir as plantas mais icónicas por entre os 28 mil metros quadrados. O jardim é uma mais-valia no inverno, altura em que vindos do frio da europa, os visitantes encontram aqui plantas com flor. É uma das características dos jardins da Madeira, onde foram ao longo da História plantadas espécies do hemisfério sul, que florescem no Inverno.
A nova área da Estalagem da Quinta da Casa Branca permitiu a entrada em funcionamento de uma nova piscina, destinada a adultos e uma nova biblioteca. Acrescentam valor ao spa, ginásio, sauna e banho turco que já existiam. E aumentam a sensação de tranquilidade, pois é afinal uma grande área ocupada por poucas pessoas. Os recantos para ler um livro, apreciar a vista, ou simplesmente descansar, proliferam.
A Estalagem Quinta da Casa Branca é a única no seu segmento a possuir três restaurantes. O Pavilhão do Jardim, onde o pequeno-almoço e o almoço são servidos; a Casa da Quinta, totalmente remodelada, com um menu de jantares e uma ementa de snacks; e a The Dinning Room, o restaurante de assinatura, instalado na casa-mãe, destinado a uma experiência gourmet.
Em todos os espaços o chefe Carlos Magno combina ementas criativas, com produtos locais e um toque de cozinha internacional, com muito de autor. Um bom exemplo é o internacional carré de borrego, que pelas mãos do chefe ganha um sabor a comida local, um toque de casa. Os vinhos e a qualidade e simpatia do serviço ajudam a uma experiência gastronómica memorável.
Além da história, da paisagem, do conforto, das pessoas e da qualidade, a Estalagem Quinta da Casa Branca é feita de detalhes. É um hotel pequeno numa propriedade grande. É personalizado. As pessoas aqui têm nome.