Emoção em duas rodas

Enduro, BTT ou bicicleta elétrica são formas de conhecer a Madeira que estão a ganhar terreno

Aventura, adrenalina, muita lama à mistura e sensação de liberdade. São alguns dos ingredientes que compõem a receita infalível para que cada vez mais destemidos procurem a Madeira como um destino para atividades radicais ao ar livre.

Quem o comprova é João Soares, empreendedor, cofundador da empresa MountainGadget, onde também é guia. Apaixonado pelo Enduro e pelo todo-o-terreno desde os 10 anos, altura em que começou a praticar motocross, rapidamente se apercebeu do potencial turístico inexplorado deste segmento. Assim nasceu o negócio, em 2018, e um ano depois começou a sério a aventura: desbravar as serras da Madeira em cima de duas rodas, e dar a conhecer ao mundo a ilha através de outra perspetiva.

“Oferecemos passeios guiados todo-o-terreno pelos trilhos e caminhos fora e dentro de estrada, com o foco no todo-o-terreno, para quem já sabe andar de mota, sendo que os motociclistas podem ou não ter já experiência na terra”, explica João Soares, salientando que a empresa fornece tudo o que é necessário para a prática da modalidade.

“Garantimos o aluguer da mota de competição, combustíveis, equipamentos, roteiros guiados, ajustados e seguros. É uma experiência chave na mão”, revela o empreendedor, realçando que existem igualmente “curiosos sem experiência” que na MountainGadget podem ter iniciação no enduro “fora de estrada, num circuito fechado com um instrutor, de forma segura e com adrenalina”.

João Soares afirma que geralmente são os homens que mais procuram este tipo de experiência, embora esta seja uma atividade também procurada por casais e cada vez mais mulheres que querem aprender. O Reino Unido e a Alemanha são os principais países de origem dos seus clientes.

Cristela Freitas, responsável pela AlbanoAktiv empresa no mercado desde 2010, reconhece que há cada vez mais pessoas a procurar conhecer a Madeira através do pedestrianismo do BTT e da bicicleta elétrica, três serviços prestados por esta organização.

“O nosso mercado é sobretudo alemão e suíço, que é muito ativo e a idade representa apenas um número”, afirma, sublinhando ainda que sobretudo após a crise pandémica “houve um aumento da procura do nosso destino para atividades de aventura e adrenalina”.