A marca madeirense Malonas tem vindo a conquistar novos territórios e é difícil ficar indiferente ao seu visual.
Pedro Mendes não adivinhou o que o futuro reservaria para si. Encontrou a sua vocação num episódio quotidiano simples e comum a todos nós: escolher uma prenda para a cara-metade. Há sete anos, quando trabalhava numa gráfica publicitária a imprimir trabalhos sobre lona, surgiu a ideia de imprimir padrões criados por si para criar uma mala feita de lona. A prenda deu nas vistas e o sucesso foi imediato.
Nasceu uma marca que fruto do amor e que, por mero acaso ou não, é hoje um símbolo de “irreverência, sensualidade e elegância”. Ao imaginar cada produto da sua linha, Pedro Mendes confessa que dá muito de si e do seu mundo.
Mas o êxito está aliado a trabalho e dedicação. Esta história não é diferente. Após ter ido trabalhar para Londres, com 20 anos, na tentativa de poupar dinheiro para um futuro investimento, Pedro Mendes concluiu que o que queria era mesmo apostar nas Malonas, as tais malas nascidas de uma lona.
Voltou às raízes e a partir daí foi dar espaço à imaginação. As ideias chegariam uma a uma, todas elas inspiradas em cenas da vida quotidiana do fundador, seja nas experiências pessoais ou na música que ouve. O conceito estético prende-se muito com a forma como Pedro Mendes sente e vive o dia-a-dia. Padrões enérgicos, coloridos, inovadores e frescos. Uma viagem entre mundos, todos onde se sente bem: seja com influências regionais, como os padrões que remetem para as estrelícias, azulejos e canas-de-açúcar ou uma epopeia de um lugar imaginado.
Um momento de criatividade gerou um negócio e o número de malas foi aumentando, até chegar às 600 malas, todas diferentes. Essa foi a barreira que fez pensar num horizonte mais alargado.
A marca é apelativa, madeirense de gema e é assinatura de produtos feitos à mão, todos eles com tonalidades vistosas, modernas e bem femininas. O que começou numa simples mala de pele sintética estendeu-se a sapatos e chapéus, tendo hoje ainda muito espaço para crescer.
Pedro Mendes explica à Essential que a produção das malas começa pela “inspiração”. O tema “tem de ser passado para o papel, com a opinião de alguns clientes”. Segue-se a idealização dos materiais e medidas. Depois os padrões são impressos na gráfica. A pré-produção cabe à D. Regina e a montagem é feita pelas mãos habilidosas da D. Rosário, que nos recebeu de braços abertos no seu atelier. E assim nasce uma Malona, nada de fábricas grandiosas. Muito de amor e partilha.
Foi na Cidade do Empreendedor, uma feira de jovens empreendedores madeirenses, que o projeto chamou a atenção de Carlos Lira, um empresário madeirense que quis tornar-se investidor. E assim se criou uma parceria: A criatividade e paixão de Pedro Mendes e a visão estratégica de Carlos Lira. O resultado, confessam ambos, tem sido positivo.
Atualmente as peças encontram-se à venda na loja Crock, no centro do Funchal, e no website oficial da marca. Mas as “Malonas” já podem ser adquiridas em Lisboa e no Porto e o caminho da internacionalização está no horizonte.
Mas antecipam-se novidades. A mudança para uma fábrica mais espaçosa, essencial para corresponder os pedidos que chegam e a criação de uma nova linha para a marca. Formatos inovadores de Malonas, novos padrões e ainda outros produtos por imaginar e materializar.