Casa Velha do Palheiro

É um hotel de charme numa casa que já recebeu reis e príncipes e que comemora 210 anos de existência.

A sede de uma das maiores quintas da Madeira, a Quinta do Palheiro, assinala este ano os seus 210 anos. Foi em 1804 que ficaram concluídas as obras de construção da casa de campo do Conde de Carvalhal.

Os trabalhos tinham-se iniciado em 1801 com a plantação de centenas de árvores. A casa de campo surgiu como consequência e era também utilizada como pavilhão de caça.

A construção e os arredores tiveram a ajuda de um arquitecto paisagista francês, que desenhou a casa, os jardins, os passeios, a capela, as casas de lavoura e fez conduzir do alto das serras e de grandes distâncias águas destinadas a fertilizar os terrenos da quinta.

João do Carvalhal, o mais rico fidalgo na altura, trouxe desta forma para a ilha algo que ela ainda não tinha, aproximando-a dos parques que se faziam pela Europa, deixando para trás os aspecto quase selvagem dos terrenos.

Após a morte do 1.º Conde do Carvalhal, a quinta passa para o controle do seu sobrinho em 1837, um amante da vida e um bem conhecido boémio. Com ele, a Casa Velha do Palheiro passou a ter grande reconhecimento pelo fausto das festas que o conde organizava.

Os condes de Carvalhal eram donos de uma grande fortuna e conhecidos anfitriões. Por isso tiveram a oportunidade de receber muitas personalidades ilustres do seu tempo.

Por aqui passou a Princesa Leopoldina de Áustria em 1817, a caminho do Brasil, para casar com D. Pedro IV e se tornar Imperatriz daquele país. Em 1858, a quinta recebeu a visita do Infante D. Luís, príncipe que anos mais tarde subiria ao trono português.

O 2º Conde de Carvalhal não deixou descentes e durante a vida perdeu grande parte da fortuna. E foi em 1890 que a Casa Velha assumiu pela primeira vez uma vocação hoteleira.

Anos mais tarde, em 1901, já com John Burden Blandy como proprietário, voltou a receber visitantes ilustres: O rei D. Carlos e a rainha D. Amélia. De visita oficial à Madeira, foi-lhes oferecido um banquete nos jardins.

Após esta visita, vieram os anos negros. Com o espaço a sofrer degradação contínua, em 1910 a Casa Velha fica vazia e abandonada. Foi como se um pouco na vida da Madeira se tivesse perdido no tempo.

Setenta e sete anos depois, o Presidente de Portugal na época, Mário Soares, visita os jardins do Palheiro e interessa-se pela Casa Velha, entretanto vítima da degradação do tempo e de um incêndio. Mário Soares lembrou que existiam fundos disponíveis para o restauro de antigas casas históricas.

Aproveitando o fluxo de turistas do Palheiro Golf, os proprietários actuais, Adam e Christina Blandy levaram por diante a ideia de restaurar a Casa Velha e transformá-la num hotel de luxo, que hoje faz parte do agrupamento de hotéis Relais Châteaux. Em Abril de 1997, após obras de reformulação e restauro, a Casa Velha é inaugurada com os primeiros hóspedes a serem recebidos no dia 1 de Maio.

Para assinalar os 210 anos desde a conclusão das obras iniciais a Casa Velha do Palheiro criou um pacote pensado para a ocasião. São sete noites em quarto duplo, entrada nos Jardins do Palheiro e a escolha entre um jogo de golf e uma massagem no Pallheiro Spa são alguns dos elementos dessa oferta.

O pacote inclui ainda um jantar com menu de degustação e a oferta de um livro referente à história da família Blandy na região.

www.casa-velha.com