No calor do oceano

As águas que banham o Arquipélago da Madeira revelam-se, durante todo o ano, num verdadeiro mar de oportunidades.

Em fevereiro, o norte da europa digladia-se com o frio do Inverno. No Mediterrâneo a temperatura média da água atinge os 12 graus. No norte da Europa as temperaturas da água do mar são ainda mais frias

Mas na Madeira o Atlântico é mais quente. A temperatura da água varia entre “um mínimo de 17 graus, em março, até a um máximo de 25 graus, em setembro”, o que torna a ilha num “destino de excelência para a prática de atividades náuticas”, sejam ao cimo ou na profundidade das águas, como o mergulho. As explicações são da bióloga Mafalda Freitas, diretora da Estação de Biologia Marinha do Funchal.

A Reserva Natural do Garajau, sítio com uma população considerável de meros, a Baixa das Moreiras, com os seus grandes cardumes e anémonas, o sítio do Galo, onde por vezes aparece o lobo-marinho, são alguns dos sítios mais procurados para a prática de mergulho. Além destes, existem ainda cinco mergulhos em naufrágio, na “Ponta de São Lourenço (sítio da Badejeira), atrás da Pontinha, na Madalena do Mar e dois no Porto Santo”, com o Madeirense e a corveta Pereira D’Eça. Os ilhéus da ilha dourada, como carinhosamente conhecida, são também “verdadeiros oásis que concentram muitas espécies de peixes”, refere Mafalda Freitas.

As águas límpidas, a pouca agitação em alguns locais e o calhau, que decora grande parte das praias da ilha e desperta a curiosidade de quem a visita, são alguns dos atrativos para uma aventura no mar da Madeira.

Por causa da temperatura e não só, o mar abre muitas oportunides: O surf, o windsurf, a canoagem, a vela, a natação em águas abertas e o stand up paddle são algumas das atividades náuticas praticáveis ao longo de todo o ano na Madeira.

Dos vários portos da ilha, durante o dia, partem vários Catamarans com o objetivo de observar cetáceos. Segundo Mafalda Freitas, “existem 29 espécies”, desde baleias, golfinhos e lobos-marinhos, espécie endémica do arquipélago que possui uma unidade de reabilitação nas ilhas Desertas.

Por mais visitas ao arquipélago, as águas que banham as ilhas possuem riquezas à espera de serem descobertas, despontando a quem retorna, um verdadeiro sentimento de mar, doce mar.