Já foi um cemitério, até meados do século XX, mas foi transformado num parque, o maior da cidade do Funchal
O Parque de Santa Catarina localiza-se entre a Avenida do Infante e a Avenida Sá Carneiro. Constitui a maior área verde do Funchal, com uma superfície de 35.200 m2 e possui uma vista soberba para a baia da cidade.
No século XIX começou aqui a funcionar um cemitério, que foi transferido entre 1939 e 1944. O primeiro esboço do parque, que se conhece, segundo alguns autores, é do arquiteto paisagista Francisco Caldeira Cabral, pioneiro no estudo e ensino da arquitetura paisagista em Portugal.
Nascido em 1908, natural de Lisboa, foi o fundador da arquitetura paisagista em Portugal, com uma larga projeção internacional, o que o tornou uma das principais figuras mundiais da arquitetura paisagista do século XX e com a colaboração do arquiteto Raul Lino. Mais tarde o projeto é desenvolvido por António Viana Barreto, arquiteto paisagista.
O parque possui um amplo relvado, ladeado por espécies arbóreas, arbustivas e herbáceas oriundas das mais diversas partes do globo e pelos caminhos empedrados tão característicos da Madeira e ainda estatuas evocativas a Cristóvão Colombo e ao Infante D. Henrique
Parte do declive simula os socalcos tão característicos da paisagem da Madeira. Nem faltam os muros de pedra aparelhada, comuns na Madeira.
É um dos parques existentes no Funchal que mais visitantes recebe, devido não só à sua posição central na cidade, mas também porque de lá se consegue observar as vistas. Na extremidade mais a nascente, encontra-se a Capela De Santa Catarina e um mirante de onde se pode observar toda a baía, fazendo com que o Parque de Santa Catarina seja um dos locais de excelência para a contemplar.
Nem sempre foi assim, nesta área e noutro tempo aqui funcionou o Cemitério de Nossa Senhora das Angustias, que foi transferido em 1944 para São Martinho.
Em 1966 o Parque de Santa Catarina foi aberto à população, permitindo a todos desfrutar desta grande área de lazer bem no meio da estrutura urbana do Funchal.
Com uma inclinação, suave, descendente na direção do centro histórico, dando-lhe uma aparência de anfiteatro natural, é aproveitado para aqui se realizarem alguns dos festivais musicais, ao ar livre, mais importantes realizados na ilha, dos quais podemos destacar o Funchal Jazz e as atuações da Orquestra Clássica da Madeira aquando das celebrações do dia da Região.
